O Ramadã

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O mês muçulmano de jejum

O Ramadã é o nono mês do calendário muçulmano. Durante este mês, os muçulmanos observam o Jejum do Ramadã. As datas para o Ramadã de 2023 (ou 1444, segundo o calendário islâmico) são de 26 de abril a 25 de maio.

A primeira noite do Ramadã

Em muitos lugares do mundo, os muçulmanos estarão olhando para o céu durante a noite. Eles estarão interessados em saber se poderão ver a Lua crescente. Se ela estiver visível, este será o sinal para o início do mês de Ramadã (na maioria dos países, as autoridades farão uma proclamação sobre o início do Ramadã). Nenhum jejum começará até o dia seguinte pela manhã. Os muçulmanos acordarão cedo para comer seu café da manhã antes do sol nascer. Depois disso, não comerão ou beberão nada até que a noite chegue. Esta será sua experiência diária pelos próximos 30 dias.

Jejuando no Ramadã

O jejum é um dos cinco pilares da religião do Islã e uma das formas mais elevadas de adoração islâmica. A abstinência de prazeres carnais e o evitar intenções e desejos malignos são considerados atos de obediência e submissão a Deus, bem como o perdão dos pecados e erros cometidos. Chamado de Ramadã, os muçulmanos jejuam durante este mês sagrado do momento em que o sol nasce até o momento em que se põe. Os muçulmanos consideram o jejum um ato de fé e adoração para Alá, procurando suprimir seus desejos e aumentar sua pureza espiritual. O ato de jejuar juntos como uma comunidade global – Ummah – afirma a irmandade e a igualdade dos homens diante de Alá. O Calendário Islâmico é baseado no ciclo lunar. O mês de Ramadã é o nono mês e começa com uma combinação da lua nova e de cálculos astronômicos. O tempo exato do Ramadã às vezes varia de local para local, conforme alguns se baseiam muito no avistamento da lua, enquanto outros dependem da ciência. Um Imã (um santo homem muçulmano) irá declarar o tempo exato do Ramadã antes do seu início. O período de jejum termina com a aparição da próxima lua nova, que ocorre após 29 ou 30 dias.

O significado do Ramadã

O nome Ramadã deriva da palavra árabe ramida ou ar-ramad, que denota um calor intenso e escaldante e a secura, se referindo especialmente ao chão. Da mesma palavra, deriva o termo ramdã, que significa “areia cozida pelo sol” e o famoso provérbio Kal Mustajeer minar ramadaa binanar – “saltar da frigideira para o fogo”. Alguns dizem que isso ocorre porque o Ramadã escaldante os pecados com boas obras, conforme o sol queima o chão.

O sentimento especial do Ramadã

O Ramadã traz um sentimento especial de empolgação emocional e zelo religioso entre os muçulmanos de todas as idades. Apesar do jejum ser obrigatório somente para os adultos, crianças de até oito anos observam o jejum de livre e espontânea vontade, acompanhando seus pais. As crianças ficam ansiosas pela empolgação de ver a lua e comer refeições especiais com suas famílias. Os adultos apreciam a oportunidade para dobrar suas recompensas de Deus e procurar perdão por pecados passados. Conforme o Ramadã enfatiza a irmandade e a comunhão muçulmana, todos sentem uma proximidade especial.

Os muçulmanos têm que mudar quem são fisicamente e emocionalmente durante esses longos 30 dias de jejum. Um dia típico de jejum começa com o despertar bem cedo, por volta das 4h30min, e o jejum começa ao nascer do sol, por volta de 5h10min. Conforme o sol nasce, a primeira das cinco orações diárias, a Fajr, é feita.
Conforme o dia continua, os muçulmanos em jejum são constantemente avisados por seus estômagos que é hora do café da manhã, do lanche, do almoço, etc. E cada vez que isso acontece, eles se lembram que estão jejuando unicamente pelo propósito de agradar a Alá e para buscar sua misericórdia. Eles fazem a segunda e a terceira oração durante o início e o fim da tarde. O jejum ajuda a pessoa a pensar como um faminto se sente e o que é ter um estômago vazio.

Ele ensina a compartilhar o sofrimento do menos afortunado. Os muçulmanos acreditam que o jejum leva a pessoa a apreciar os dons de Alá, que normalmente não são notados – até que se sente falta deles! Durante o dia, os muçulmanos são encorajados a sair de suas rotinas para ajudar os necessitados, financeiramente e emocionalmente. Alguns acreditam que uma recompensa por uma boa obra ganha durante este mês é multiplicada por 70 ou até mais. Por isso, o Ramadã também é conhecido como o mês da caridade e da generosidade.

Para um muçulmano, jejuar não só significa se abster de comida, mas também se abster de todos os vícios e males cometidos conscientemente ou inconscientemente. Acredita-se que, se uma pessoa se voluntaria a se abster de comidas permitidas e do sexo, ela terá mais força para evitar coisas proibidas durante o resto do ano.

Quebrando o jejum diário durante o Ramadã

O jejum é quebrado após o pôr do sol. O profeta Maomé recomendou quebrar os jejuns com encontros. Os muçulmanos são incentivados a convidar outros para quebrar o jejum em comunhão. Estas reuniões são chamadas de festas de Iftar. Logo após quebrar o jejum e após o jantar, os muçulmanos fazem a quarta das cinco orações diárias, que é chamada de oração Maghrib. Após a janta, os muçulmanos vão para suas casas de adoração, chamadas de mesquitas, para fazerem a oração Isha, que é a última das cinco orações. O dia termina com uma oração voluntária especial, a Taraweeh, que é feita pela congregação recitando o Alcorão, o livro sagrado do Islã.

Os últimos 10 dias do Ramadã

Os últimos 10 dias do Ramadã são considerados especialmente abençoados, com destaque para a 27ª noite que é chamada de “Noite do Poder”, ou “Noite do Destino”. Acredita-se que nesta noite, o profeta Maomé recebeu sua primeira revelação do Alcorão. Para muitos muçulmanos, este período é marcado por uma intensidade espiritual e eles podem passar estas noites orando e recitando o Alcorão.

Após 30 dias de jejum, o fim do mês do Ramadã é observado com um dia de celebração, chamado de Eid-ul-Fitr. Neste dia, os muçulmanos se reúnem em um local para oferecer uma oração de graças. Tradicionalmente, usam roupas novas e visitam amigos e parentes, há trocas de presentes e receitas de comidas especiais para esta ocasião são preparadas. Após isto, eles aguardam pacientemente o próximo Ramadã.

O que a Bíblia diz sobre o Jejum

Na Bíblia, não encontramos nenhum método de jejum que seja obrigatório para nós, mas o Senhor Jesus disse “quando jejuardes…” (Mateus 6:16), dando a entender que Seus seguidores deveriam imitar Seu próprio exemplo. Nós jejuamos como um símbolo exterior de nossa devoção a Deus, nos dispondo a nos privar de alimentos por Sua causa. O jejum dá mais intensidade à nossa oração e frequentemente nos leva a vitórias em oração. Nós não jejuamos para convencer ou persuadir a Deus, mas sim para nos identificarmos com Seu coração e com Seu desejo de que toda a humanidade O conheça. “O jejum que desejo não é este: soltar as correntes da injustiça, desatar as cordas do jugo, pôr em liberdade os oprimidos e romper todo jugo? Não é partilhar sua comida com o faminto, abrigar o pobre desamparado, vestir o nu que você encontrou e não recusar ajuda ao próximo?” Isaías 58.6-7 

Copyright © 2020 30 Dias. Todos os direitos reservados

30 Dias  é um Movimento Global de Oração. No Brasil é coordenado por Jovens Com Uma Missão

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