Bashir senta-se à sombra em frente à casa de seus pais e prepara chá tradicional. Ele vive em um dos campos de refugiados saarauís no deserto do sudoeste da Argélia. Ele e seus compatriotas se sentem esquecidos pelo mundo. Após a Espanha abandonar sua ocupação colonial no Saara Ocidental em 1975, o Marrocos e a Mauritânia anexaram o território. Isso levou a uma guerra duradoura que forçou milhares e milhares de saarauís a fugirem de sua terra natal para a Argélia. Cerca de 180.000 saarauís estão presos lá desde 1991, em um dos campos de refugiados mais antigos do mundo. Há pouca comida, atendimento médico ou educação. Cada dia é uma luta pela sobrevivência.

Viver por tanto tempo sem um lar e sem necessidades básicas tem gerado muita desesperança. A situação espiritual dos saarauís também é trágica. Assim como o deserto em que vivem, a esperança deles secou. Eles têm pouquíssima oportunidade de ouvir sobre o Deus que deseja dar-lhes água viva. Não há praticamente nenhum seguidor de Jesus entre os saarauís e muito poucos trabalhadores entre esse grupo étnico muçulmano não alcançado de cerca de 1 milhão de pessoas.