Jan e Mohammad compartilham bebidas geladas e petiscos depois de um jogo de futebol numa ensolarada tarde de primavera na Holanda. Eles fazem parte de um time comunitário que se reúne regularmente para jogar futebol.

A equipe é composta de jogadores originários de diversos contextos étnicos, todos da mesma vizinhança em Amsterdã, todos compartilhando uma paixão pelo lindo jogo. Jan, um cristão, é holandês, e Mohammad, um muçulmano, que imigrou do Marrocos para a Holanda quando criança. Os dois homens raramente falam sobre religião, a não ser para desejar boas festas um ao outro nas celebrações religiosas.

Mas, quando perguntado sobre o papel dos muçulmanos na sociedade holandesa, Jan se refere à sua amizade com Mohammad como sua maior influência. “Algumas pessoas acreditam que os muçulmanos querem tomar o país” – ele diz, “mas nenhum dos muçulmanos que eu conheço tem interesse em impor sua religião a ninguém. Assim como eu, eles apenas querem viver suas vidas em paz.”

Estudos mostraram que relacionamentos pessoais com muçulmanos são o maior fator para que não-muçulmanos tenham visões positivas a respeito de muçulmanos. Na Europa Ocidental, controvérsias sobre a imigração e a integração de culturas muçulmanas se tornaram questões chave nas campanhas políticas com um crescimento no nacionalismo e ideologias racistas. Mas seguidores de Cristo têm amigos que são muçulmanos melhor informados e menos prováveis de serem influenciados por estereótipos e retórica.